As incômodas espinhas não são exclusivas de adolescentes. Muitos homens e mulheres na fase adulta também acabam sofrendo com elas. Isso acontece pois a acne é uma doença inflamatória que ataca a glândula sebácea, não possuindo uma relação direta com a idade da pessoa, mas sim com sua saúde. “Um dos fatores desencadeadores são os hormônios andrógenos, por atuarem estimulando a glândula sebácea”, explica a dermatologista do Hospital 9 de Julho, Drª Patrícia Fagundes.
A acne pode ser classificada em quatro graus diferentes, de acordo com o tipo de lesão e grau de acometimento, encontrando desde cravos, também chamados de comedões, até verdadeiros cistos infectados.
“Algumas vezes, o surgimento de acne pode estar associada a quadros de microcistos de ovários, uso de certos medicamentos orais ou até mesmo após uso excessivo de cosméticos. Por isso, o ideal é que o diagnóstico seja feito por um dermatologista, que saberá classificar o grau de acne e indicar o tratamento adequado ao tipo de lesão” explica Drª Patrícia Fagundes.
O tratamento é feito com sabonetes e soluções adstringentes para limpeza e controle da oleosidade, que atuam para aliviar e expelir comedões (cravos) e microcomedões, além de substâncias antiinflamatórias, que ajudam a suavizar a vermelhidão das lesões quando houver necessidade.
“Antibióticos podem ser necessários quando houver contaminação pela bactéria Propionibacterium acne manifestada clinicamente pela presença de pontos dolorosos e amarelados repletos de pus. Já casos mais graves podem necessitar de tratamento específico”, esclarece Drª Patrícia Fagundes
Em geral, é recomendável que após o tratamento o paciente permaneça em acompanhamento dermatológico para prevenção de recorrências. Além de sempre consultar seu médico para eventuais dúvidas, sem iniciar um tratamento por conta própria.